A AME-5q é a forma mais comum entre esse grupo de doenças com uma prevalência de 12 em 100.000 pessoas e incidências de 1 a cada 6.000 até 1 a cada 11.800 nascidos vivos e correspondendo a cerca de 95% dos casos de AME, conforme verificado em estudos realizados fora do Brasil.
Essa condição AME-5q ocorre devido a alterações no gene SMN1 que é responsável pela produção da proteína SMN (proteína de sobrevivência do neurônio motor), fundamental para a manutenção dos neurônios motores. A proteína produzida a partir do gene SMN1 é completa e funcional, mas quando ocorrem alterações nas duas cópias deste gene, nenhuma proteína SMN funcional completa é produzida a partir dele. Por outro lado, essa deficiência pode ser parcialmente compensada por um gene chamado SMN2, que apesar de produzir, em sua maioria, proteínas SMN curtas e não funcionais, produz algumas completas e funcionais.
O início dos sintomas e a velocidade de progressão da AME-5q é variável de pessoa para pessoa, principalmente porque a compensação da alteração no gene SMN1 é proporcional ao número de cópias do gene SMN2 que o indivíduo possui. Em outras palavras, quanto mais cópias do gene SMN2 um indivíduo com AME-5q tiver, maior quantidade de proteína funcional será produzida e maior a probabilidade de ter um quadro clínico menos grave.
Geralmente a AME-5q é classificada de acordo com a idade de início dos sintomas e a máxima função motora adquirida: tipo 1 (1a, 1b e 1c), 2, 3 e 4 de tal forma que a AME-5q tipo 1 é a forma mais comum, mais grave e mais precoce.
Mais recentemente, tem-se classificado os pacientes como pacientes que não sentam, pacientes que sentam e pacientes que andam.