Com
as hashtags #testedopezinhoparatodos e
#testedopezinhoampliadoparatodos, campanha lançada neste 1º de junho
visa conscientizar a sociedade sobre a necessidade de se fazer a Triagem
Neonatal
Com o
objetivo de conscientizar o poder público e a sociedade civil sobre a
importância do Teste do Pezinho, especialmente o Teste do Pezinho
Ampliado, estamos lançando neste 1º de junho a 6ª edição da Campanha
Junho Lilás, com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo
(SMS/SP), Sociedade Brasileira de Triagem Neonatal Erros Inatos do
Metabolismo (SBTEIM) e União Nacional dos Serviços de Referência em
Triagem Neonatal (Unisert).

“Nosso
intuito é orientar a sociedade sobre a necessidade de se fazer o Teste
do Pezinho e de expandir a todos os bebês brasileiros o acesso ao Teste
do Pezinho Ampliado para o diagnóstico precoce de dezenas de doenças
graves e raras, que demandam intervenções clínicas, emergenciais e
tratamentos específicos”, afirma Daniela Mendes, nossa Superintendente
Geral e presidente da Unisert. Segundo ela, “é fundamental o diagnóstico
precoce de doenças que podem ter sequelas gravíssimas se não tratadas
com urgência, por isso, o sistema de saúde deve oferecer a triagem e o
acompanhamento adequado, assegurando que todos tenham acesso aos
recursos necessários para sua qualidade de vida”, diz.
Em
6 de junho, será realizado um evento na Câmara dos Vereadores de São
Paulo para celebrar o decreto 17.745, de 12 de janeiro de 2021, que
institui o Dia Municipal do Teste do Pezinho na capital paulista em 6 de
junho, mesmo dia em que se comemora do Dia Nacional do Teste do
Pezinho. A lei é autoria da vereadora Sonaira Fernandes. O evento será
transmitido nas nossas redes sociais oficiais e da TV Câmara SP.
Ao
longo de todo o mês, realizaremos diversas ações nas redes sociais,
contando com o apoio de celebridades e influenciadores, além da médica
pediatra doutora Ana Escobar, embaixadora oficial da Campanha Junho
Lilás. “A campanha deste ano propõe um diálogo com a sociedade, com o
intuito de orintar pais, mães e cuidadores sobre o que é o Teste do
Pezinho e qual a importância para a saúde do bebê”, afima Priscilla de
Arruda Camargo, gerente da nossa área de Marketing e Comunicação.
Serviço:
Evento Dia Municipal do Teste do Pezinho:
Quando: 6 de junho, a partir das 14h
Onde:Para a imprensa e convidados: Palácio Anchieta – Câmara dos Vereadores de São Paulo – Sala Prestes Maia (Viaduto Jacareí, 100);Para o público:TV Câmara SP - Yotubefacebook.com/institutojoclementeyoutube.com/InstitutoJoClementeIJC
A importância da realização do Teste do Pezinho Ampliado
Em
parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, realizamos o
Teste do Pezinho Ampliado para os bebês nascidos na rede pública da
capital paulista
Na maior parte do país, o Teste do Pezinho
oferecido na rede pública pelo Sistema Único de Saúde (SUS) contempla a
análise de seis doenças (fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito,
fibrose cística, anemia falciforme e demais hemoglobinopatias,
hiperplasia adrenal congênita e deficiência biotinidase). Já o teste
ampliado pode detectar 50 doenças*. Na capital paulista, os bebês
nascidos na rede pública já têm acesso ao Teste do Pezinho Ampliado.
“Todos
os bebês nascidos nas unidades municipais têm acesso ao Teste do
Pezinho Ampliado, que detecta 50 doenças. Essa importante parceria com o
Instituto Jô Clemente (IJC), que é um dos principais serviços de
referência em Triagem Neonatal, nos permitiu esse avanço no diagnóstico
precoce de doenças, garantindo o acompanhamento correto e mais qualidade
de vida para as nossas crianças”, afirma o secretário municipal da
Saúde, Luiz Carlos Zamarco.
“O diagnóstico precoce é
capaz de descobrir doenças genéticas, congênitas, infecciosas, Erros
Inatos do Metabolismo e da Imunidade e, assim, realizar a intervenção
precoce e oportuna, evitar danos relacionados ao desenvolvimento
neuropsicomotor, sequelas, internações e mortes, proporcionando
qualidade de vida à criança e à sua família”, explica a Dra. Athenê
Maria de Marco França Mauro, (diretora Divisão - Ciclos de Vida – Saúde
da Criança e do Adolescente da SMS/SP).
De acordo com
Dr. Antonio Condino Neto, médico imunologista e consultor técnico do
nosso laboratório, “quanto mais doenças raras a Triagem Neonatal puder
detectar, melhor para a saúde do bebê”, diz. “É necessário que os bebês
tenham acesso a exames mais completos, para evitarmos sequelas e
problemas sérios de saúde na criança”.
Um estudo
apresentado pelo médico e já aprovado pela Associação Médica Brasileira
(AMB) indica que uma criança triada, tratada e curada de
Imunodeficiência Combinada Severa (SCID) -- um dos Erros Inatos da
Imunidade -- até os três meses de idade representa à medicina privada
cerca de R$ 1 milhão em decorrência de todos os procedimentos adotados,
que incluem transplante de medula óssea e acompanhamento clínico.
Entretanto, se não houver a triagem e, consequentemente, a intervenção
clínica adequada, esse custo pode chegar a R$ 4 milhões e com grandes
chances de o bebê ir a óbito antes de um ano de vida. “São duas doenças
graves em que a criança nasce sem o sistema imunológico completamente
formado, ficando suscetível a diversas enfermidades, podendo ir a óbito
antes de um ano de vida se não houver o diagnóstico e a intervenção
precoce”, explica Dr. Condino.
“De forma semelhante aos
dados de pacientes com Erros Inatos da Imunidade, pesquisa que
desenvolvemos em parceria entre Universidade de São Paulo (USP) e
Instituto Jô Clemente (IJC) demonstra que triar para a Hiperplasia
Adrenal Congênita, três milhões de recém-nascidos por ano no Brasil
possui custo bem menor do que o relacionado ao tratamento das
complicações do diagnóstico clínico tardio, além do impacto na qualidade
de vida”, comenta a Dra. Tânia Bachega, docente na Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e presidente da Sociedade
Brasileira de Triagem Neonatal Erros Inatos do Metabolismo (SBTEIM).
Dra.
Fernanda Monti, neurologista infantil e consultora em Erros Inatos do
Metabolismo no nosso laborartório, reforça a necessidade de se expandir o
acesso ao Teste do Pezinho Ampliado para toda a população. Ela afirma
que “nos primeiros dias de vida, a maior parte das crianças não
manifesta sintomas de diversas doenças, mas isso não quer dizer que não
exista algo. É por esse motivo que o Teste do Pezinho é feito após as
primeiras 48 horas e até o 5º dia de vida do bebê. Esse é o período mais
adequado para detectarmos precocemente anormalidades, mesmo
assintomáticas, como ocorre na maior parte dos casos. Quando os sintomas
aparecem sem que haja um diagnóstico precoce, pode ser tarde”, comenta.
“O
grande número de erros no metabolismo existentes pode resultar em
quadros clínicos diversos, variando desde pacientes assintomáticos até
casos mais graves, incluindo situações em que o bebê vai a óbito. O foco
da Triagem Neonatal Ampliada é evitar sequelas como a deficiência
intelectual, além de melhorar a qualidade de vida do paciente tratado
precocemente e melhorar o custo-efetividade do sistema de saúde.
Frisamos, ainda, que é fundamental estar atento às manifestações
clínicas”, completa a médica.
Sônia Hadachi,
coordenadora do nosso laboratório, comenta que a disponibilidade do
Teste do Pezinho Ampliado a todos os bebês geraria uma redução de custo
aos cofres públicos. “Temos como base um artigo (Feuchtbaum et al),
publicado no início dos anos 2000, na Califórnia (EUA). Nesse estudo,
feito com 540 mil bebês que tiveram acesso ao Teste do Pezinho Ampliado,
houve uma economia de até US$ 9 milhões ao longo dos anos com custos
esperados para cuidados médicos durante a vida. O artigo mostra que 83
crianças apresentaram diagnóstico positivo para pelo menos uma doença.
Aqui no Brasil, como o teste ampliado é oferecido pelo SUS apenas em
algumas regiões - como na rede pública do município de São Paulo - fica
difícil a mensuração dos ganhos ao realizar rapidamente o diagnóstico
precoce, principalmente quando pensamos em tempo de internação, exames
confirmatórios e demais custos associados. Ainda não existem estudos que
evidenciem essa redução no impacto financeiro, mas acreditamos que a
prevenção e o diagnóstico precoce sempre são o melhor caminho para
evitar custos maiores”, diz.
A Lei 14.154/2021,
sancionada em 26 de maio de 2021 pelo Presidente da República, com
previsão para entrar em vigor um ano após a divulgação no Diário Oficial
da União, ampliou para 53 a lista de doenças a serem investigadas no
Teste do Pezinho feito pela rede pública em todo o país e divide essa
ampliação em etapas. ”Trata-se de uma conquista importante, mas que
ainda não está em andamento como estava previsto. Além disso, quando
falamos em ampliação do Teste do Pezinho, precisamos considerar que é
necessário ter em todo o país centros de referência para tratar as
doenças via SUS, como está sendo feito no município de São Paulo, onde a
rede pública de saúde está preparada para triar os bebês e acompanhar
os casos com diagnóstico positivo, oferecendo todos os recursos
necessários”, comenta Daniela Mendes.
Pioneiros no
país, implementamos o Teste do Pezinho no Brasil em 1976 e, desde 2001,
somos um Serviço de Referência em Triagem Neonatal (SRTN) credenciado
pelo Ministério da Saúde, tendo sido um dos principais responsáveis pelo
surgimento das leis que obrigam e regulamentam esta atividade, que se
tornou conhecida por "Teste do Pezinho”. Atualmente, somos responsáveis
pela realização da triagem de 82% dos bebês nascidos vivos na capital
paulista (sistema público e privado de saúde). Se considerada apenas a
rede pública da cidade de São Paulo, somos responsáveis por 100% dos
exames dos bebês nascidos vivos. No Estado de São Paulo, 67% dos exames
dos recém-nascidos são feitos pelo nosso laboratório, que é o maior do
Brasil em número de exames realizados de Triagem Neonatal. Desde a
implantação, já triamos mais de 17,5 milhões de crianças brasileiras.
Somente em 2021, foram triados 354.344 bebês, totalizando 2.836.062
exames.
Contamos ainda com um sistema de Busca Ativa
customizada. “Esse é um sistema muito importante, porque realiza a
convocação imediata de todos os recém-nascidos que apresentam alteração
no Teste do Pezinho. Caso seja solicitada a recoleta, é fundamental
fazê-la imediatamente”, explica Mirella Carneireiro, supervisora do
nosso Serviço de Referência em Triagem Neonatal (SRTN). Possuímos,
também, o Ambulatório de Triagem Neonatal, que é um centro de referência
em fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito e deficiência de
biotinidase, doenças que podem evoluir para deficiência intelectual se
não forem tratadas da maneira correta.
Para desenvolver
pesquisas a respeito das doenças raras diagnosticadas no Teste do
Pezinho, contamos com o Centro de Ensino, Pesquisa e Inovação (CEPI),
que atua em parceria com universidades, pesquisadores e empresas para
disseminar conhecimento técnico-científico, a fim de apoiar as nossas
operações e a sociedade.
Doenças triadas no Teste do Pezinho Ampliado

Teste do Pezinho é um direito do bebê
O
primeiro grande passo para se ter saúde é respeitar o direito à
prevenção, que é o principal objetivo do Teste do Pezinho. Por meio do
diagnóstico precoce, é possível prevenir ou amenizar complicações que
podem ser crônicas
A supervisora do nosso Serviço Jurídico Social,
Luciana Stocco, explica que muitas vezes os pais deixam de levar os
filhos para fazer a coleta em algumas regiões do país porque não sabem
que o Teste do Pezinho é um direito da criança. “É importante frisarmos
que o Teste do Pezinho Básico contempla seis doenças, é gratuito e deve
ser oferecido a todos os bebês nascidos no Brasil, pois é um direito da
criança, sendo disponibilizado no SUS e regulamentado pela Portaria n.
822 do MS de 6 de junho de 2001”, diz.
Segundo ela,
ninguém pode negar ao bebê o direito à saúde e à vida. “É lei e deve ser
cumprido. Há regiões do país, infelizmente, que nem mesmo o Teste do
Pezinho Básico está sendo feito. Esse é um problema que precisa ser
resolvido o quanto antes, até mesmo para assegurar que a ampliação em
todo o país, como está sendo feita no município de São Paulo, seja
responsável e eficiente. O Teste do Pezinho é essencial e, quanto maior o
número de doenças contempladas, mais fácil será garantir o cumprimento
dos direitos da criança a um desenvolvimento saudável e pleno, recebendo
os acompanhamentos multidisciplinares adequados”, afirma.
Dra.
Tânia Bachega, docente na Faculdade de Medicina da Universidade de São
Paulo (USP) e presidente da Sociedade Brasileira de Triagem Neonatal
Erros Inatos do Metabolismo (SBTEIM), reforça que a ampliação do Teste
do Pezinho em todo o país deve ser responsável. Segundo ela, é preciso
um esforço do poder público e da sociedade civil para assegurar esse
direito aos recém-nascidos de regiões em que não há a coleta dos exames.
“Não podemos deixar de atuar na situação atual da Triagem Neonatal nas
regiões desfavorecidas”, diz.
Dra. Fernanda Monti,
neurologista infantil e consultora em Erros Inatos do Metabolismo no
nosso laborartório, explica que ainda há muita desinformação a respeito
do Teste do Pezinho no país. “Além de muitos pais não saberem desse
direito, ainda vemos muitas pessoas que acham que o Teste do Pezinho é
um carimbo da impressão digital do pé do bebê que se faz na maternidade,
mas nosso papel, acima de tudo, é esclarecer que o Teste do Pezinho é
um procedimento extremamente seguro e confiável em que, por meio de
poucas gotas de sangue retiradas do calcanhar do bebê, é possível se
detectar um número grande de doenças para que sejam feitas as
intervenções necessárias imediatamente. Há casos de doenças, como a
hiperplasia adrenal congênita, por exemplo, em que a criança tem poucos
dias de vida se não tratada com urgência”, explica.
“O
primeiro grande passo para se ter saúde é respeitar o direito à
prevenção, que é o principal objetivo do Teste do Pezinho. Por meio do
diagnóstico precoce, é possível prevenir ou amenizar complicações que
podem ser crônicas. Precisamos assegurar que todos os bebês tenham
acesso ao Teste do Pezinho Ampliado”, finaliza.
Para saber mais sobre o Teste do Pezinho, fale conosco: [email protected]