Um ano depois da
primeira Cúpula Global da Deficiência, um programa inovador financiado com assistência
do Reino Unido está em andamento para enfrentar as barreiras que impedem que
milhões de pessoas com deficiência acessem os principais mercados de trabalho.
O programa, chamado
Inclusion Works (A Inclusão Funciona), representa uma das tentativas mais
abrangentes do mundo até o momento de corrigir a sub-representação de pessoas
com deficiência no emprego formal em países em desenvolvimento.
O Reino Unido anunciou
seu financiamento para o programa no ano passado, quando co-organizou a
primeira Cúpula Global de Deficiência em Londres.
À medida em que a
Inclusion Works avança para sua próxima fase, o programa experimentará novas
abordagens que criarão oportunidades de emprego para mais de 2.000 pessoas com
deficiência na Nigéria, Quênia, Uganda e Bangladesh nos próximos três anos.
Os autodefensores no
Quênia, Uganda, Nigéria e Bangladesh expressaram entusiasmo sobre o potencial
do programa Inclusion Works, reconhecendo nos quatro países do projeto que as
atitudes negativas dos empregadores e uma ampla falta de entendimento sobre a
deficiência intelectual são as maiores barreiras para sua capacidade de
conseguir empregos reais por salários reais.
O trabalho da Inclusion
International (Inclusão Internacional) sobre o programa Inclusion Works foi
construído em torno das prioridades identificadas pelos defensores de direitos
humanos e seus familiares, com a sensibilização de empregadores e colegas de
trabalho, o treinamento para defensores de direitos humanos e o apoio aos
membros da família na compreensão dos direitos trabalhistas sendo identificados
como as necessidades essenciais do programa.
Estima-se que existam
800 milhões de pessoas com deficiência vivendo em países de baixa e média
renda. Na maioria dos países do mundo, as pessoas com deficiência enfrentam
múltiplas barreiras ao emprego, o que significa que um número significativo
permanece desempregado.
Os países de baixa e
média renda perdem coletivamente algo estimado entre US$ 218 e US$ 510 bilhões
em perda de produção, porque as pessoas com deficiência estão sendo excluídas
do mercado de trabalho. * Isso é três vezes mais que o valor total gasto no
desenvolvimento global, que em 2018 era de US $ 149,3 bilhões. **
Vladimir Cuk, da
International Disability Alliance (Aliança Internacional para a Deficiência),
diz: "Os dados confiáveis sobre as pessoas com deficiência são muitas
vezes escassos e, embora saibamos que as taxas de emprego são realmente baixas,
a maioria dos programas que lidam com isso é tão pequena que não foi possível
fazer uma real diferença no sistema em geral".
“O financiamento do
Reino Unido é considerado vital a esse respeito. A Inclusion Works tem como
objetivo contribuir significativamente para uma maior conformidade do setor
formal de emprego com a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com
Deficiência, mudando toda a cultura em torno do recrutamento e retenção de
pessoas com deficiência para trabalhar e ganhar a vida em igualdade de
condições com os outros.”
O Inclusion Works tem
como objetivo trabalhar em parceria com mais de 100 empregadores para testar
novas práticas compatíveis com os protocolos de direitos das pessoas com
deficiência da ONU. Ele será projetado para incluir pessoas com uma ampla gama
de deficiências, incluindo cegueira, surdez e deficiências intelectuais. A Inclusion
International apoiará esse objetivo, fornecendo treinamento aos empregadores
sobre como criar locais de trabalho que incluam pessoas com deficiência
intelectual e conectando autodefensores a recolocações em empregadores com condições
de apoiá-los.
O programa está sendo
liderado pela instituição Sightsavers em uma coalizão que reúne a experiência
de 11 organizações parceiras, incluindo ADD International, BBC Media Action,
Benetech, Development Initiatives (Iniciativas para o Desenvolvimento), Humanity
and Inclusion UK (Humanidade e Inclusão do Reino Unido), Inclusion
International, International Disability Alliance, Institute of Development
Studies (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento), Standard Chartered Bank
e a Youth Career Initiative (Iniciativa de Carreira para Jovens).
Este trabalho faz parte da
iniciativa Inclusive Futures (Futuros Inclusivos), uma iniciativa mais ampla
financiada pela assistência do Reino Unido para criar um mundo igual para as
pessoas com deficiência nos países em desenvolvimento.